segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A vitrine.

Quando entramos em um Shopping Center nos sentimos atraídos pelos produtos expostos nas vitrines. Nossos olhos brilham, nosso consumismo desenfreado transborda em todo corpo: Sapatos, relógios, bolsas, óculos, roupas, celulares, tablets e uma variedade enorme de outras invenções. Compramos, mesmo sem a necessidade de tal produto, gastamos o que não temos para se enquadrar em uma sociedade totalmente alucinada, alienada.
Multidões gastam horas dentro de lojas, enamorando os produtos que fazem seus corações baterem mais fortes, fazendo da vitrine o olhar da pessoa amada; onde mora a felicidade.

Vejo nesse retrato uma familiaridade com o que ocorre na igreja em nosso País, não seria ela, a igreja, uma loja abarrotada de vitrines?
Onde estão à venda sua salvação, seus bens, suas bênçãos e o fim de toda sua angústia?

Pastores tornam-se gerentes de lojas gigantescas, clientes as lotam a cada promoção, publicidade escancarada na mídia, onde os clientes gritam em rede nacional a sua satisfação com o produto adquirido.

Como não ser feliz comprando uma bíblia por 911 reais, onde já se viu uma promoção como essa? Nem a Casa Pio 30, 60, 90, 120 sem entrada e sem juros.

Número interessante: 911. Nos Estados Unidos significa perigo, lá esse número é usado em caso de emergência. Foi esse o número usado em 11 de Setembro no ataque as Torres Gêmeas.

No Brasil, a promoção de tal bíblia deveria ser no valor de 190 reais. Isso mesmo, 190. Número que nós ligamos quando somos assaltados, quando caímos em um golpe ou quando há um assassinato.
Quando me deparo com esse tipo de “promoção”, realizada por pastores-gerentes ou gerentes-pastores, sinto que minha fé sofreu uma tentativa de assassinato, até mesmo um latrocínio (roubo seguido de morte).

Imagino que no céu deveria ter uma delegacia, com o número 777 para ligarmos em caso de atentado a fé, assalto a dignidade e assassinato da graça de Deus. Onde os policiais tivessem a mesma atitude de Jesus relatado no evangelho de João:

“No pátio do templo viu alguns vendendo bois, ovelhas e pombas, e outros assentados diante de mesas, trocando dinheiro. Então ele fez um chicote de cordas e expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois; espalhou as moedas dos cambistas e virou as suas mesas. Aos que vendiam pombas disse: "Tirem estas coisas daqui! Parem de fazer da casa de meu Pai um mercado!"João 2:14-16

Um comentário:

Jéssica Lins disse...

Massa Bruh! Infelizmente as igrejas (não só hoje, essa história ja vem de mt tempo) fazem do evangelho um verdadeiro comércio. Fico feliz de ver que (ainda) temos pessoas que se importam em realmente levar o que Jesus deixou pra nós, e nossa missão é continuar esse trabalho =) Sucesso no blog, continue escrevendo! hehee

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